sábado, 14 de novembro de 2009

Poema divino


O poema divino tem palavras tantas
E, no entanto, nenhuma delas se repete.
A nenhuma, domínio sobr’outra, compete.
Nem mesmo às ditas chulas, nem às ditas santas.
O poema divino é poesia branca,
Onde rimas se dão por outras competências.
Métrica? Desafia o poder das ciências.
Ritmo? A qualquer estilo, a qualquer forma, desbanca.
No poema divino, cada ser humano
É uma palavra única, um verbo soberano
A projetar o bem e o mal que a vida canta.
E assim, por ser divino, é incompreensível;
Ao mesmo tempo é claro e é indecifrável.
Aos olhos de quem lê, escandaliza e encanta.


Frederico Salvo

5 comentários:

  1. A magia da poesia num poema exclente na tua marca que muito aprecio, bem vindo ao grupo, sei lá, mas acho que isto vai dar um bom resultado.

    Beijos

    ResponderEliminar
  2. Eu sei que tu és único nas palavras por ti e por mim e também por nós..
    agradeço que te tenhas juntado ao grupo


    Bjs

    ResponderEliminar
  3. Tuas mãos não sei se desenham ou escrevem...eu
    só tenho a agradecer!

    ResponderEliminar
  4. Obrigado por estares por este Sei Lá das palavras. Será um prazer descobrir a tua escrita.
    Um Abraço
    JLL

    ResponderEliminar
  5. Olá Frederico,
    neste Outono quase inverno é bom ouvir a sonata dos teus poemas, legíveis, sem contorcionismos desnecessários, mas onde a densidade vai, como um mergulhador subaquático, afagar a inteligência e a emoção de cada leitor...

    abraço
    arfemo

    ResponderEliminar