A pena estanca, para, titubeia...
Nenhuma ideia clara se apresenta.
Meu pensamento voa, devaneia
E sobre à beira d'água se assenta.
Sou pescador agora, e para a ceia
Quero pirão de peixe com pimenta.
Cevo o remanso, acendo a candeia
E lanço o anzol com isca suculenta.
Esse exercício é pura paciência,
Pois tenho fome e fé em evidência.
(E a segunda, trago como lema).
Sinto um tremor bulir o molinete,
Aguço o olhar, suspiro em falsete
E num rompante... fisgo o poema.
Frederico Salvo
domingo, 27 de outubro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
vento, tende piedade
soltei seu nome ao vento. era silencio. escapou através
do tempo. atravessando setembro como um rio. no momento que o dia caiu e a
noite rachou sua superfície. como uma lâmina contra o pescoço de toda palavra
que foge e busca teu peito. para adormecer o raio de sol. tal pássaro de
Hokusai. ligeiramente iluminado pela luz que entra por meus olhos e faz o céu
chorar. sempre que seus cabelos balançam... como uma imagem desbotando em meu
jardim. seu nome se move. silencio. - mas qual silencio é silencio sem nome? sacia-se
o vento afundando no horizonte da boca. nu. na forma da cor. para não acordar a
fome que passeia no inferno(.) onde a sombra não peca. e o verbo esquece. sem precisar
mentir...
Vania
Lopez
Subscrever:
Mensagens (Atom)