sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Diz que vai ter amanhã um filho morto

Edvard Munch pintor norueguês (1863 -1944)

Hoje falei com uma mãe
Que não é forte
Chorava
Chorava tanto
Afogava-se em tristezas
Jaz morto
O seu filho
Que irá nascer amanhã

Como é possível
Parteiros letrados
Explorarem a bondade alheia?

Arrogantes e ditadores
Resquícios estalinistas
Comem com as mãos sujas
E no meio das letras
Tragam azedumes
Da vil exploração

São as novas quadrilhas
Que depois das promessas ameaçam

São eles:
Invejosos
Vampiros
Que sugam as almas puras
E trajados do seu hipotético saber
Roubam os passaportes
A quem programou a viagem
Escrita em sonhos

Com ar de pensadores
Vestem-se de negro
Velhacos
Arrogantes
Vendem o que não são
Cheiram o “el doirado”
Dinheiro fácil
Doença dos tempos difíceis
Em que ganhar
É saquear quem lhe cai nas garras

“Eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada”

Mas a Grândola vila morena vai tocar

Até amanhã camaradas

José Luis Lopes

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