quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Absorto

E que venha a saudade!
Que me arrase de vez!
Enquanto tiver sentido
Enquanto for absorto
De mim esse teu ar solto
Discerne como germe
Que corrói por dentro
A sagacidade da aurora
Calada a cada hora, sonolenta
A noite vai quente, está quente
E tu meu amor, tardio
Não afogueies o persistente
Como quem flama pela gente
Enquanto o repouso surge
Ao som de um lamento

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