sábado, 30 de janeiro de 2010

Sob um facho de luz


Na platéia às escuras, sozinho...
Em silêncio, ao abrir das cortinas;
Num cenário de horas vespertinas,
Vejo um vulto surgir num caminho.
Feito um anjo em corpo feminino,
Uma deusa ao som do bolero.
(num suspiro contido eu espero,
deslumbrado como se menino).
Ouço a música crescer em dinâmica
E os tambores febris da sinfônica
A rufarem magia profusa.
Bem no ápice da cena eis que salta
Claro facho de luz da ribalta
E ilumina o sorriso da musa.


(palmas ecoando no teatro vazio).


Frederico Salvo

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