As marés do teu corpo
na casa sonhada
em varandas e sacadas de azul.
A praia dentro da sala
o piano junto ao mar
a cama de rede no pinhal em redor do vento.
Palavras proibidas
que os lábios
ousaram
projectos ilegíveis
sonhos infinitos
perseguidos
no
acordar
das almas.
Vence o silêncio.
A memória tortura.
Caminho lento, o que leva ao acordar.
Breve pressão dos teus dedos
em anéis
por t(r)ocar.
Aliança breve
num despontar de gestos sôfregos
em que o sentir
era o mundo descoberto
a seguir.
Calam-se os aromas.
Trancam-se as janelas.
O teu sorriso é uma porta entreaberta.
Fecho-me em ti e parto em direcção ao que jamais teremos.
Então,
uma memória que atraiçoa.
E dói.
Sem piedade.
E é dia.
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