*
Por mais negro que seja o traje
Que me cobre de outros tempos
Há sempre uma nova luz
A indicar-me o caminho
*
Será como um velho farol danificado
Que se presta no mar alto
A tudo…
E me fará resgatar-te
Num cálida manhã primaveril
Ateando o fogo adormecido
Dos cilindros que tocam os céus
Amedrontando os fantasmas do passado
Que me cobre de outros tempos
Há sempre uma nova luz
A indicar-me o caminho
*
Será como um velho farol danificado
Que se presta no mar alto
A tudo…
E me fará resgatar-te
Num cálida manhã primaveril
Ateando o fogo adormecido
Dos cilindros que tocam os céus
Amedrontando os fantasmas do passado
Olá Dolores!
ResponderEliminarNão deixas de me surpreender, como sempre encontro em ti o sótão que sempre desejei ter um dia.
Este sótão, imaginário criado em criança, é onde encontrámos tudo que tem valor.
Os adultos, cansados de si, renovam a sua alma por novos objectos para adornar a vida enfadonha que vão criando. Substituem tudo, e metem para o sótão o que pensam que já não ter valor: quinquilharias e bijutarias de pechisbeque.
Um dia, crescemos ainda mais, e voltamos a entrar no sótão com os olhos da criança que um dia fomos, e que nunca deveriam ter crescido.
Vemos afinal que tudo reluz, tudo são ainda tesouros, e afinal, é nas quinquilharias que encontramos a nossa vida verdadeira.
Depois, o importante é apelar à coragem. Retomar os espaços, saber reconhecer que afinal estava enganado, e aquela peça que estupidamente atirei para o sótão, tem afinal o seu lugar. Talvez o lugar junto à janela seja muito exposto ao sol, mas no canto ao fundo da sala, junto á cadeira de baloiço, onde descanso o corpo das palavras mal ditas. Talvez aí.
A Coluna dos Deuses é um sótão especial. Aqui não encontras velharias nem quinquilharias. Aqui Dolores, encontrarás letras, não de um poeta, mas de uma criança grande que faz da poesia uma arte para fazer amigos, e acima de tudo, tenta ser feliz.
Gostava que pudesses continuar a ser feliz nesta coluna que verdadeiramente não é de Deuses, mas de amigos que gostam das palavras para se fazerem ouvir e sentir.
Um beijo
José Luís Lopes
Serão sempre essas e outras palavras que me farão estar aqui e em outros lugares. Por vezes não é necessária a sua presença física, mas a certeza que mesmo não ditas nem escritas, elas seguem o seu caminho, cumprindo o seu destino. Formas de pensamento criativas e elucidativas que dão um colorido vivo aos nossos actos
ResponderEliminarAssim são as minhas/nossas palavras - o que nos juntou. Assim será, enquanto elas tiverem vida
Um beijo
Dolores
PS: Penso que esta colagem ficará bem aqui