Rebenta num pranto, depois da pesquisa dos resultados das análises, na internet.
Sempre o soube. Mesmo que a melhor amiga ( que é médica!) lhe diga que não é bem assim. Que se deixe de armar em médica.
Mas ela, sempre soube que iria ser assim.
Quantas vezes irritou a família e os amigos, com a frase: "Sei que vou morrer aos 50 anos".
Depois da explosão de lágrimas em soluços que deixaram sulcos no peito e nas mãos, é abraçada com força, pelo homem que a ama e lhe diz que não está sozinha.
Mas ela foge, isola-se. Não quer ninguém. E faz prometer segredo.
Um segredo que não sabe onde a levará.
Pensa que recentemente, a vida lhe deu uma oportunidade. A qual quer retribuir, dando o melhor de si.
Depois, baixa os braços, o corpo amolece, a alma moribunda num desistir doloroso.
Com quantas Primaveras se inventa uma vida nova?
Quantos olhares são necessários para que o sorriso permaneça?
Adormece exausta. Sem saber se quer acordar.
Amanhece com a pressa de compromissos a cumprir.
Apressa-se. São 7.30h. Vai para as aulas. Os colegas estranharam-lhe a ausência. E mimam-na.
O amigo com que viaja percebe que ela não está bem, apesar da conversa normal. Mas o sorriso perdeu algum brilho. E as olheiras...
Tenta não se isolar, como da ultima vez. Almoça em grupo. Conversa com uma amiga.
Diga o que disser, ninguém entende.
Assim, guarda o segredo.
Lamenta a explosão de lágrimas do dia anterior. Mas aliviou-a um pouco.
A voz da filha dá-lhe uma energia inexplicável. E aparentemente inesgotável.
Regressa a casa. Mantém os projectos. Não desistiu dos sonhos.
Senta-se em frente ao computador. Ouve música e liberta-se em palavras.
O maior receio é que sintam pena dela.
Assim, é a mulher alegre e optimista.
Enérgica, curiosa, aventureira.
Age como se não houvesse medo.
Mas sabe.
E com o segredo nas mãos, atravessa a inevitabilidade do momento em que sabe quando partirá.
E sorri.
Sempre o soube. Mesmo que a melhor amiga ( que é médica!) lhe diga que não é bem assim. Que se deixe de armar em médica.
Mas ela, sempre soube que iria ser assim.
Quantas vezes irritou a família e os amigos, com a frase: "Sei que vou morrer aos 50 anos".
Depois da explosão de lágrimas em soluços que deixaram sulcos no peito e nas mãos, é abraçada com força, pelo homem que a ama e lhe diz que não está sozinha.
Mas ela foge, isola-se. Não quer ninguém. E faz prometer segredo.
Um segredo que não sabe onde a levará.
Pensa que recentemente, a vida lhe deu uma oportunidade. A qual quer retribuir, dando o melhor de si.
Depois, baixa os braços, o corpo amolece, a alma moribunda num desistir doloroso.
Com quantas Primaveras se inventa uma vida nova?
Quantos olhares são necessários para que o sorriso permaneça?
Adormece exausta. Sem saber se quer acordar.
Amanhece com a pressa de compromissos a cumprir.
Apressa-se. São 7.30h. Vai para as aulas. Os colegas estranharam-lhe a ausência. E mimam-na.
O amigo com que viaja percebe que ela não está bem, apesar da conversa normal. Mas o sorriso perdeu algum brilho. E as olheiras...
Tenta não se isolar, como da ultima vez. Almoça em grupo. Conversa com uma amiga.
Diga o que disser, ninguém entende.
Assim, guarda o segredo.
Lamenta a explosão de lágrimas do dia anterior. Mas aliviou-a um pouco.
A voz da filha dá-lhe uma energia inexplicável. E aparentemente inesgotável.
Regressa a casa. Mantém os projectos. Não desistiu dos sonhos.
Senta-se em frente ao computador. Ouve música e liberta-se em palavras.
O maior receio é que sintam pena dela.
Assim, é a mulher alegre e optimista.
Enérgica, curiosa, aventureira.
Age como se não houvesse medo.
Mas sabe.
E com o segredo nas mãos, atravessa a inevitabilidade do momento em que sabe quando partirá.
E sorri.
Belo e doloroso escrito.
ResponderEliminarGosto muito de te ler.
Tenho a esperança, trágica, que este texto seja inspirado noutra alma.
Bjo.
Esboço um sorriso e tenho a esperança que não o entendas :-)
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras.
Beijo