quinta-feira, 18 de março de 2010
Dilema
Porque foste presente e castigo,
Cravados em cruel dicotomia.
Porque foste relento e foste abrigo,
Exata reta em vasta assimetria.
Porque foste o antídoto e o veneno
Servidos nessa taça; homogêneos.
Porque foste o pudico e o obsceno
No oco desse peito; heterogêneos.
Foi que perdi o rumo, o caminho,
E trouxe a razão em desalinho,
Valsando entre a euforia e o tédio.
Ergui um patamar, desfiz os planos,
Plantei certezas e colhi enganos,
Porque foste a doença e o remédio.
Frederico Salvo
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