sábado, 4 de dezembro de 2010

Onde estou o meu olhar, vive!

Nunca fui
com vontade de ficar,
se fico é porque estou!
Onde estou
sou a livre vontade de perdurar.

Se parto
deixo o silêncio
não corto ramos
ou pedaços de jardim!

Na sacola
tenho sementeiras,
atiro-as na terra…
Sem vozes ou cantares!

Onde o meu corpo vive
a minha alma está presente.

Onde a minha alma vive
o meu corpo é lugar habitado…
Sem fardos ou bagagens densas
para satisfazer olhares abstractos!

Nunca fugi
com medo de ficar,
em tudo oferto o meu olhar
…onde estou o meu olhar, vive!

Assim como o antevês…


Ana Coelho

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