terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sempre que há um princípio

( Tela de Paula Rego)



acordei uma tarde dominical
para que me dissesse
onde moram todos os dias
que me vestiram
pelas mãos angelicais
de uma Primavera
que já se foi…

corre agora pelos campos
amansando
as folhas secas
desactivadas pelo Outono

as árvores sentam-se
num trono bordado a ouro
que se encolhe sempre
que há o princípio
de uma nova noite

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