terça-feira, 12 de outubro de 2010
Línguas
“Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para comentar injúria ou ingratidão”.
Enquanto línguas cortantes, ferinas,
Só dão notícias das vidas alheias.
Enquanto arestas, farpas pequeninas
Se enroscam em ardilosas teias,
Outras entoam constantes, divinas,
Em outros pontos, em outras aldeias
A poesia de sensatas rimas,
A melodia de maviosas colcheias.
E nessa arte, desprendidas servem,
Enquanto as lavas desse mundo fervem
Num vulcanismo de intensa fúria.
São como botes contra a correnteza
Desafiando a humana natureza,
Num oceano de ingratidão e injúria.
Frederico Salvo
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Oi, Frederico,
ResponderEliminareu fico com as línguas de tua poesia, a das sensatas rimas, que tecem, que servem, que rimam com as melodiosas canções a construírem o amor!
abç
Betha