Michelangelo: A criação de Adão. Capela Sistina
Neste meu (re)escrever
Nasce um vento,
Sinto-o quenteSinto-o revoltoso
Sopra mudança
Sopra dizeres:
-Abandona o passado,
Não segures a água da chuva!
Lembra o ocaso,
Que morre aos teus olhos
Ele não existe!
É a poesia que lhe dá alma.
E neste novo aparecer
Deixo o rabiscar sonhar
Então,
Solitário,
Caminho com temor
Escolho um dia frio
Gélido.
Nos olhos a esperança
A cabana:
Singela, pura,
Enfeitiçada
Pela floresta que a rodeia.
Desce um sonho,
Lindo,
Em acenos sorri
Sussurra dedos
Trémulos.
Apanho-os
Desenho letras
Estremeço
À lareira
Enrosco-mo em silêncios
E quando mais nada tiver para escrever
Atiro o lápis ao fogo
Que me arde nesta vontade de dizer:
Que fogo em mim
São palavras que ardem sem se ver.
José Luís Lopes
Ah, como eu gostei de ler, este belíssimo poema.
ResponderEliminarabraço
Obrigado amiga,
ResponderEliminaré sempre bom saber que as palavras tem arte de encantamento
beijo