soltei seu nome ao vento. era silencio. escapou através
do tempo. atravessando setembro como um rio. no momento que o dia caiu e a
noite rachou sua superfície. como uma lâmina contra o pescoço de toda palavra
que foge e busca teu peito. para adormecer o raio de sol. tal pássaro de
Hokusai. ligeiramente iluminado pela luz que entra por meus olhos e faz o céu
chorar. sempre que seus cabelos balançam... como uma imagem desbotando em meu
jardim. seu nome se move. silencio. - mas qual silencio é silencio sem nome? sacia-se
o vento afundando no horizonte da boca. nu. na forma da cor. para não acordar a
fome que passeia no inferno(.) onde a sombra não peca. e o verbo esquece. sem precisar
mentir...
Vania
Lopez